segunda-feira, 23 de maio de 2011

Trólebus terá Cartão BOM até setembro

23/05/2011 - Diário do Grande ABC, André Vieira 

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos promete dar andamento às melhorias no Corredor Metropolitano ABD iniciando nos próximos meses a operação dos trólebus no trecho entre Piraporinha e Jabaquara, a repotencialização o sistema elétrico até São Mateus e instalação do serviço de bilhetagem eletrônica do Cartão BOM (Bilhete Ônibus Metropolitano) nas linhas.

"É ótimo o nível de avaliação, equivalente ao do Metrô", afirmou o presidente da EMTU, Joaquim Lopes da Silva Júnior, sobre a operação do corredor que corta quatro cidades da região e a Capital. Apesar do balanço positivo, há defasagem tecnológica no sistema, que só deverá ser corrigida agora.

Utilizado pelos passageiros em coletivos intermunicipais da Região Metropolitana de São Paulo desde 2005, oserviço de bilhetagem eletrônica ainda não está disponível nos veículos que transitam pelo corredor, que só aceitam tíquetes de papel.

Segundo o presidente, em entrevista exclusiva ao Diário, o Cartão BOM será implementado entre agosto e setembro aos usuários do Corredor ABD, que transporta mais de 220 mil pessoas por dia.

MAIS ENERGIA

Apesar de o projeto prever operação de veículos elétricos em todo o sistema desde sua concepção, na década de 1980, a eletrificação do segmento de 11 quilômetros entre Piraporinha, em Diadema, e Jabaquara, na Capital, só começou em 2009.

A promessa era de completar o serviço em setembro do ano passado. Segundo presidente da EMTU, o atraso se deu por problemas burocráticos, encerrados em acordo com a Eletropaulo.

O transporte de passageiros começa em julho, substituindo parte da frota movida a combustão por ônibus elétricos. Silva Júnior explicou que a chegada de mais trólebus não significa o término dos coletivos tradicionais, pois é preciso manter contingente para os casos de panes elétricas.

Para evitar os apagões, a EMTU vai lançar na primeira quinzena de junho a licitação para a repotencialização da energia no restante do corredor, entre Piraporinha e São Mateus, em São Paulo.

O presidente admitiu que o sistema está com a capacidade comprometida. "Está obsoleto. Se colocarmos todos os trólebus no corredor, cai a rede, porque não aguenta." A estimativa é de que repotencializar os 22 quilômetros do trecho custe R$ 37,5 milhões.

Modelo de abrigo prevê sistema mais ágil de cobrança

Fazer dos 110 pontos do Corredor Metropolitano ABD uma pequena estação onde o passageiro paga a tarifa antes de entrar no ônibus, o que agiliza o embarque e reduz o tempo de parada.

O conceito de cobrança desembarcada, que está no modelo dos BRTs (Bus Rapid Transit), apontado por especialistas como o mais próximo do ideal, está atualmente em estudo pela EMTU.

A análise para instalação do serviço deverá ser concluída no segundo semestre. Como cada ponto recebe volume diferente de passageiros e o tamanho das calçadas não é igual, ainda é preciso fazer ajustes no projeto.

"Hoje o usuário procura o comércio para comprar o bilhete e utilizar o ônibus. O conceito de desembarcar a cobrança é trazer para a estação de embarque um dispositivo para que o passageiro possa pagar pela viagem, entrar na estação e esperar pelo trólebus", explicou o presidente da EMTU.

A finalização do estudo apontará o valor do investimento e o tempo para implementação do serviço.

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