terça-feira, 31 de maio de 2011

PRESIDENTE DA METRA OFICIALIZA NOVIDADES DO CORREDOR ABD COM EXCLUSIVIDADE

31/05/2011 - CBN, Adamo Bazani


Solução Econômica, sustentável, ecológica e com investimentos feitos de forma responsável. Metra testa ônibus diesel articulado que foi convertido em trólebus. A iniciativa é inédita nesta fase atual dos transportes. Um dos ganhos é que não houve acréscimo de frota com o ônibus continuando a existir e a poluir e um trólebus a mais. Com a transformação, a unidade deixou de emitir poluição totalmente. Mais veículos podem ser convertidos. O ônibus já estava se aproximando da idade máxima, mas o trólebus pode ter um tempo de vida útil permitido por lei maior. Foto: Samuel Tuzi ao Blog Via Trólebus, nosso parceiro.

Metra em setembro deve operar com ônibus híbrido de 15 e de 18 metros
Informação foi adiantada ao Blog Ponto de Ônibus pela presidente da empresa, Maria Beatriz Setti Braga, em entrevista exclusiva

A presidente do Grupo Metra, empresa que opera há 14 anos o Corredor Metropolitano ABD, entre São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, e Jabaquara, na Zona Sul da Capital Paulista, Maria Beatriz Setti Braga adiantou ao Blog Ponto de Ônibus, uma série de novidades que os passageiros dos serviços devem ter a disposição nos próximos meses.

Afirmando que o Trólebus, um veículo totalmente limpo, é uma solução que o Planeta Agradece, Maria Beatriz Setti Braga disse que já estão em elaboração ônibus elétricos ligados a rede aérea que possuem baterias quer podem dar autonomia entre 3 e 5 quilômetros de circulação, sem depender da energia transmitida pelos fios da rede.

Isso vai evitar problemas de tráfego de ônibus no Corredor Metropolitano ABD. Isso porque, muitas vezes cai a rede dos trólebus e o veículo fica parado em pontos de difícil ultrapassagem o que complica a circulação dos outros ônibus da empresa.

Com os novos trólebus que contam com esta bateria auxiliar, mesmo que a rede caia, ele pode se deslocar até um ponto melhor, que não impeça a circulação de outros veículos ou, dependendo de onde o problema ocorrer, ser recolhidos para a garagem.

Os problemas de queda de energias também serão minimizados com a repotencialização do trecho entre Piraporinha (Diadema) e São Mateus, na zona Leste de São Paulo.

O presidente da EMTU, Joaquim Lopes da Silva Júnior disse que os custos devem ser em torno de R$ 37,5 milhões. O edital que definirá a empresa que vai fazer a repotencialização será definido já neste mês de junho, segundo a EMTU.

Maria Beatriz Setti Braga disse também que a partir de setembro, o corredor ganha também novos ônibus elétricos híbridos, que serão inéditos no País. Isso porque são veículos mais modernos que os conhecidos até agora e haverá duas versões: de 15 metros, com três eixos, e de 18 metros, articulados.

A empresária também comemorou o fato de o trecho Piraporinha (Diadema) – Jabaquara (zona Sul de São Paulo) receber trólebus já no mês de julho.

O trajeto de 11 quilômetros já deveria ter sido eletrificado há 24 anos, época que o Corredor ABD foi inaugurado. Mas a inauguração em dezembro de 1988 se deu de forma incompleta quanto a rede para trólebus.

Desencontros entre poder público e as empresas que fariam a eletrificação, além de muitas gestões não terem priorizado o assunto na época, fizeram com que houvesse este atraso. Mas agora, os trólebus serão realidade neste trecho.

“Precisamos transportar e não poluir” – enfatizou Maria Beatriz Setti Braga.

Para ela, o trabalho desenvolvido pela Metra e pela Eletra mostra que o trólebus não é um veículo em desuso e que está cada vez mais moderno.

Basta investimento, vontade e via prioritária para este tipo de veículo que é o único economicamente viável que não produz nenhum tipo de poluente em sua operação.

“Estamos vivendo um momento que São Paulo mais que urgentemente precisa de menos poluição” – disse Maria Beatriz Setti Braga.

Além de veículos novos, a Metra tem encarado o desafio de transformar ônibus convencionais, que já estavam em sua idade próxima ao limite, em trólebus, cuja a idade máxima é maior.

É uma solução vantajosa sob vários aspectos. Primeiro porque coloca na rua mais um veículo que não emite nenhuma poluição em substituição direta ao ônibus que antes lançava poluição. Depois porque aproveita um estrutura de chassi e carroceria já feita, realizando as adaptações necessárias. Isso deixa o trólebus mais barato e o investimento torna-se responsável.

O ônibus convertido em trólebus foi mais uma vez às ruas no sábado , dia 28 de maio de 2011, para testes e foi flagrado por Samuel Tuzi. A matéria completa você confere no Blog Via Trólebus, parceiro do Blog Ponto de Ônibus.

Você pode conferir em

http://viatrolebus.blogspot.com/2011/05/metra-converte-onibus-diesel-em.html

Enquanto são investidas e discutidas grandes fortunas em ônibus de tecnologia limpa, a Metra dá o exemplo de que com recursos aplicados de forma responsável e dentro das realidades econômica, é possível transformar os transportes coletivos em mais amigos do meio ambiente ainda.

O que ocorre com o Corredor ABD, que liga São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, ao Jabaquara, na Zona Sul da Capital Paulista, passando pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema, em 33 quilômetros, é o contrário do que ocorre com o sistema de trólebus da Capital Paulista.

Desde 2003, o número de ônibus elétricos caiu pela metade e atualmente, os trólebus que operam no Consórcio Leste 4 apresentam problemas de conservação. Eles não operam em vias exclusivas, o que desgasta os veículos, mas também sofrem com problemas independentes do fato de não terem corredor segregado, como manutenção da carroceria (são comuns pontos de ferrugem), do sistema geral e sujeira. Há veículos da Viação Himalaia, operadora dos trólebus pelo Consórcio Leste 4, que têm a mesma idade ou até inferior aos da Metra, mas em estado precário e com maior desgaste.

Maria Beatriz Setti Braga conversou com a reportagem do Blog Ponto de ônibus na última sexta-feira, dia 27 de maio, durante cerimônia de apresentação do IQT – Índice de Qualidade do Transporte da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), no qual a Metra conseguiu o primeiro lugar no ranking entre as 39 empresas que prestam serviços nas três regiões metropolitanas do Estado: Baixada Santista, Campinas e São Paulo.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário